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Trim!... Trim!... Trim!...
O quê? Já? Não posso... Verdade? São mesmo sete da "madrugada"?
Calo este estúpido instrumento com vontade de o emborrachar, mas é melhor deixá-lo... depois tinha de comprar outro (com o dinheiro retirado da magra mesada) e adeus bolas de berlim, chocolates... e ainda ouvir os meus pais a protestar pelos modos ah!... como eles dizem ah!... impulsivos.
Não é fácil! Não é fácil!
Acordar para começar os engarrafamentos na casa de banho, a gritaria pela água quente... o engraçadinho do meu irmão abre sempre as torneiras quando não deve, e eu gelado, ensaboado, desconsolado e constipado...
E sabem bem que se forem a pé, vão chegar atrasados, e eu não estou para justificar faltas de atraso. Dêem corda aos sapatos e vamos embora!
A mais nova, a Joaninha, já chora à espera do biberão matinal, que a nossa mãe já aquece.
O pai tenta meter algum juízo neste caos incontrolável.
...despacha-te da casa de banho... vão comer o pequeno-almoço, ou vão ficar atrasados... daqui a bocado vão a pé...
E sabem bem que se forem a pé, vão chegar atrasados, e eu não estou para justificar faltas de atraso. Dêem corda aos sapatos e vamos embora!
E lá vou eu para a escola! Cara mal lavada, ainda com teias de aranha nos olhos, o pequeno almoço aos saltos no estômago e a malvada da chuva que não pára de cair. É certo e sabido que vou chegar atrasado e o recado da professora de Matemática na caderneta, já e uma certeza. Bolas..., começo bem o dia!
Atrasado sim, mas triunfante! Chegado à escola, Pedro encarou Mariana e o dia, finalmente, amanheceu. Sentia-se preparado para resolver qualquer exercício de probabilidades... "Ela gostará de mim?" Acontecimento possível, provável, muito provável. O resultado só poderia ser positivo. Na posse do seu optimismo, do ar cuidado e do aroma da sua colónia, Pedro acabava de confirmar que, afinal, era um bom dia que começava.
Para ele tudo era lindo, o céu carregado de nuvens, o bar superlotado, a ventania, o frio das salas, o mau humor do colega do lado, o raspanete da professora de Matemática. Tudo é maravilhoso! maravilhoso!
Mariana olhou para mim nada mais importa, pensava Pedro.
Os olhos de Mariana são escuros como a noite e naquele instante, o coração de Pedro saltou-lhe no peito como se uma bala o tivesse atingido. Eram negros e doces mas olhavam para ele com a complacência dos sábios, como que a repreendê-lo pela falta, pelo seu atraso, pelos exercícios que não sabia resolver, como se fosse um castigo.
Pedro suspirou. Apesar da reprovação ela tinha olhado para ele. Nesse instante a professora chamou-o à atenção.
- Pedro!
-Fizeste os trabalhos de casa??! - pergunta a professora irritada.
Ah ah ah... (hesitante)
Mariana, olha para a professora e diz: - Na verdade a culpa não é do Pedro professora, ambos estivemos ocupados a ajudar velhotes a atravessar a estrada.
- Mariana ... mas que menina tão boa, sempre me orgulhei muito de ti.
Nesse momento, o coração de Pedro dispara, Mariana a sua doce Mariana tinha mentido por ele... e porquê?
Na verdade, Mariana sempre gostou do Pedro, do tipo "amigos coloridos".
A professora surpeendida pede mesmo assim ao Pedro para terminar os exercícios propostos por ela.
Pedro sem saber o que fazer, nervoso, pensou: Bolas! Nunca devia ter saído daquela cama.
O toque de saída foi o alívio de Pedro... mas o íntimo desejo de encontrar Mariana no tempo de intervalo desvaneceu-se quando se apercebeu que ela tinha ido embora mal tocara.
O facto dela ser um pouco reservada e não saber mais do que esta aparentava mostrar, alimentava-lhe a curiosidade, mas ele havia lá de se aborrecer com a miúda.
...
Corri para os meus amigos como animal liberto da jaula em busca de refúgio. Os meus amigos são o melhor da minha vida, sem eles isto era uma seca, já bem bastou as bocas da aula de matemática por causa da querida Marianinha. O pessoal não se tinha calado desde que o Paulo deixou de pertencer ao grupo, acham normal deixar os amigos por causa de uma rapariga? Preferia ficar a carpir num canto blasfémias sobre a minha pessoa do que partir para caminho incerto... no entanto, daria tudo por um beijo da doce Mariana, um beijo dela e era rei, podem crer! No entanto Deus me livre de abdicar da minha vida pacífica para uma embrulhada onde mal compreendo o meu sexo oposto:
-Então pá, a Mariana anda caidinha por ti, ui ui ... que querida querer-te ajudar, eheheh! –só me faltava mais este palhaço do Rui para me melgar o juízo, todavia não deixa de ter razão que é suspeito ela se ter oferecido em meu lugar, sendo que ela não me vê lá com muito bons olhos, andamos sempre às avenças um com o outro, mas até me agrada.
-E se calhar ela está caidinha aqui pelo "je”, mas o que posso fazer? O meu charme é demasiado para ela coitada, até se foi embora antes do professor dar ordem! – daí desmancharam-se todos a rir, eu não achei piada ao que disse, mas não posso dar parte fraca entre os rapazes, agora resta-me ir para a aula seguinte, que já tocou faz 5 minutos e até pode ser que a Mariana volte, ela é sempre muito certinha, odeia faltar às aulas, deve vir por certo.
Atrasado sim, mas triunfante! Chegado à escola, Pedro encarou Mariana e o dia, finalmente, amanheceu. Sentia-se preparado para resolver qualquer exercício de probabilidades... "Ela gostará de mim?" Acontecimento possível, provável, muito provável. O resultado só poderia ser positivo. Na posse do seu optimismo, do ar cuidado e do aroma da sua colónia, Pedro acabava de confirmar que, afinal, era um bom dia que começava.
Para ele tudo era lindo, o céu carregado de nuvens, o bar superlotado, a ventania, o frio das salas, o mau humor do colega do lado, o raspanete da professora de Matemática. Tudo é maravilhoso! maravilhoso!
Mariana olhou para mim nada mais importa, pensava Pedro.
Os olhos de Mariana são escuros como a noite e naquele instante, o coração de Pedro saltou-lhe no peito como se uma bala o tivesse atingido. Eram negros e doces mas olhavam para ele com a complacência dos sábios, como que a repreendê-lo pela falta, pelo seu atraso, pelos exercícios que não sabia resolver, como se fosse um castigo.
Pedro suspirou. Apesar da reprovação ela tinha olhado para ele. Nesse instante a professora chamou-o à atenção.
- Pedro!
-Fizeste os trabalhos de casa??! - pergunta a professora irritada.
Ah ah ah... (hesitante)
Mariana, olha para a professora e diz: - Na verdade a culpa não é do Pedro professora, ambos estivemos ocupados a ajudar velhotes a atravessar a estrada.
- Mariana ... mas que menina tão boa, sempre me orgulhei muito de ti.
Nesse momento, o coração de Pedro dispara, Mariana a sua doce Mariana tinha mentido por ele... e porquê?
Na verdade, Mariana sempre gostou do Pedro, do tipo "amigos coloridos".
A professora surpeendida pede mesmo assim ao Pedro para terminar os exercícios propostos por ela.
Pedro sem saber o que fazer, nervoso, pensou: Bolas! Nunca devia ter saído daquela cama.
O toque de saída foi o alívio de Pedro... mas o íntimo desejo de encontrar Mariana no tempo de intervalo desvaneceu-se quando se apercebeu que ela tinha ido embora mal tocara.
O facto dela ser um pouco reservada e não saber mais do que esta aparentava mostrar, alimentava-lhe a curiosidade, mas ele havia lá de se aborrecer com a miúda.
...
Corri para os meus amigos como animal liberto da jaula em busca de refúgio. Os meus amigos são o melhor da minha vida, sem eles isto era uma seca, já bem bastou as bocas da aula de matemática por causa da querida Marianinha. O pessoal não se tinha calado desde que o Paulo deixou de pertencer ao grupo, acham normal deixar os amigos por causa de uma rapariga? Preferia ficar a carpir num canto blasfémias sobre a minha pessoa do que partir para caminho incerto... no entanto, daria tudo por um beijo da doce Mariana, um beijo dela e era rei, podem crer! No entanto Deus me livre de abdicar da minha vida pacífica para uma embrulhada onde mal compreendo o meu sexo oposto:
-Então pá, a Mariana anda caidinha por ti, ui ui ... que querida querer-te ajudar, eheheh! –só me faltava mais este palhaço do Rui para me melgar o juízo, todavia não deixa de ter razão que é suspeito ela se ter oferecido em meu lugar, sendo que ela não me vê lá com muito bons olhos, andamos sempre às avenças um com o outro, mas até me agrada.
-E se calhar ela está caidinha aqui pelo "je”, mas o que posso fazer? O meu charme é demasiado para ela coitada, até se foi embora antes do professor dar ordem! – daí desmancharam-se todos a rir, eu não achei piada ao que disse, mas não posso dar parte fraca entre os rapazes, agora resta-me ir para a aula seguinte, que já tocou faz 5 minutos e até pode ser que a Mariana volte, ela é sempre muito certinha, odeia faltar às aulas, deve vir por certo.
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A mais nova, a Joaninha, já chora à espera do biberão matinal, que a nossa mãe já aquece.
O pai tenta meter algum juízo neste caos incontrolável.
...despacha-te da casa de banho... vão comer o pequeno-almoço, ou vão ficar atrasados... daqui a bocado vão a pé...
E sabem bem que se forem a pé, vão chegar atrasados, e eu não estou para justificar faltas de atraso. Dêem corda aos sapatos e vamos embora!
E lá vou eu para a escola! Cara mal lavada, ainda com teias de aranha nos olhos, o pequeno almoço aos saltos no estômago e a malvada da chuva que não pára de cair. É certo e sabido que vou chegar atrasado e o recado da professora de Matemática na caderneta, já e uma certeza. Bolas..., começo bem o dia!
Atrasado sim, mas triunfante! Chegado à escola, Pedro encarou Mariana e o dia, finalmente, amanheceu. Sentia-se preparado para resolver qualquer exercício de probabilidades... "Ela gostará de mim?" Acontecimento possível, provável, muito provável. O resultado só poderia ser positivo. Na posse do seu optimismo, do ar cuidado e do aroma da sua colónia, Pedro acabava de confirmar que, afinal, era um bom dia que começava.
Os olhos de Mariana são escuros como a noite e naquele instante, o coração de Pedro saltou-lhe no peito como se uma bala o tivesse atingido. Eram negros e doces mas olhavam para ele com a complacência dos sábios, como que a repreendê-lo pela falta, pelo seu atraso, pelos exercícios que não sabia resolver, como se fosse um castigo.
Pedro suspirou. Apesar da reprovação ela tiha olhado para ele. Nesse instante a professora chamou-o à atenção.
- Pedro!
O toque de saída foi o alívio de Pedro...mas o íntimo desejo de encontrar Mariana no tempo de intervalo desvaneceu-se quando se apercebeu que ela se tinha ido embora mal tocara.
O facto dela ser um quanto reservada e não saber mais do que esta aparentava mostrar, alimentava-lhe a curiosidade, mas ele havia lá de se aborrecer com uma miúda.
...
Corri para os meus amigos como animal liberto da jaula em busca de um refúgio. Os meus amigos são o melhor da minha vida, sem eles isto era uma seca, já bem bastou as bocas da aula de matemática por causa da querida Marianinha.O pessoal não se tinha calado desde que o Paulo deixou de pertencer ao grupo, acham normal deixar os amigos por causa de uma rapariga? Preferia ficar a caprir num canto blasfémias sobre minha pessoa do que partir para caminho incerto...no entanto,daria tudo por um beijo da doce Mariana, um beijo dela e era rei, podem crer! No entanto Deus me livre de abdicar da minha vida pacífica para uma embrulhada onde mal compreendo o meu sexo oposto:
- Então pá, a Mariana anda caidinha por ti, ui ui...que querida querer-te ajudar, eheheh! -só me faltava mais este palhaço do Rui para me melgar o juízo, todavia não deixa de ter razão que é suspeito ela se ter oferecido em meu lugar, sendo que ela não me vê lá com muito bons olhos, andamos sempre às avenças um com o outro, mas até me agrada.
- É se calhar ela está caidinha aqui pelo "je", mas o que posso fazer? O meu charme é demasiado para ela coitada, até se foi embora antes do professor dar ordem! - daí desmancharam-se todos a rir, eu não achei piada ao que disse, mas não posso dar parte fraca entre os rapazes, agora resta-me ir para a aula seguinte, que já tocou faz 5 minutos e até pode ser que a Mariana volte, ela é sempre muito certinha, odeia faltar às aulas, deve vir por certo.
Sento-me, procuro à volta, a Mariana não está. No entanto, sinto nas costas um olhar estranho...
Virei-me, todos estavam a escrever o sumário, menos o Sérgio, que me olhava com um misto de desafio e altivez.
Fez-me sinal... lá fora falamos.
O que se passa? Do Sérgio, o miúdo novo? O que é que ele quer? E a Mariana, faltou à aula?! O gajo é esquisito, "piercing" no nariz, cabelo com jeito diferente... sempre metido consigo próprio, sem grandes conversas com o pessoal!
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